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FILMES CRÍTICAS

Crítica: Viva – A Vida é uma Festa (2017)

Crítica: Viva – A Vida é uma Festa (2017)
  • Publicado em: dezembro 8, 2017

A Disney passou a propagar nos últimos tempos a cultura latino-americana começando com as telenovelas Sou Luna e Violeta tendo como ápice a série animada de TV sobre a primeira princesa latina Elena de Avalor. A sua subsidiária Pixar também entrou no espirito, embora focado na cultura mexicana, principal representante do nicho na terra do tio Sam. Sendo esse o tema do seu décimo-nono filme de animação com a ideia original e direção de Lee Unkrich, vencedor do Oscar de Melhor Animação por Toy Story 3 e a indicação de Melhor Filme, o terceiro filme animado da história a conseguir a façanha e o segundo do estúdio.

Quando o marido da Mamá Imelda a deixou com uma filha para conquistar seu sonho de ser músico, foi tomada a decisão de banir a música da família Rivera, cujo novo ofício passou a ser a sapataria. Porém seu tetraneto Miguel é um violinista nato e deseja ser igual a seu ídolo, Ernesto de la Cruz. Em pleno Dia de Los Muertos, contrariando as ordens da sua Abuelita, Miguel resolve participar de um show de talentos e decide roubar o violão do seu ídolo ao descobrir sua descendência com ele. Tal decisão provoca seu banimento do Mundo Dos Vivos.

O desenho apresenta uma direção de arte primorosa no design de cenário da Terra dos Mortos. A palheta de cores são o laranja e o roxo. Um para relembrar a flor tema da data e o outro para os momentos tristes e de escuridão das cenas. A inspiração do local foi a cidade de Guanajuato com suas casas coloridas e ruas estreitas unida a arquitetura asteca. Em contraste com as cores berrantes e austeras da cidade de Santa Cecilia. As criaturas fantásticas como guias espirituais circulando pelo lugar bem como a ponte entre os mundos.

Como todos os filmes Pixar, sempre há um desafio a ser resolvido; nesse filme, foram as pelancas das abuelas e o vira-lata Dante. Para isso, foi usado a mesma tecnologia que formou o personagem Hank, o septopus de Procurando Dory e o protagonista do curta Lou. além de várias referencias visuais de idosas para compor o realismo.

A produção demorou seis anos, custou diversas viagens a Cidade do México e a Oaxaca para buscar referências culturais como La Chancla e o nome original Coco, um apelido feminino para quem se chama Socorro, (a mudança do título nacional buscou evitar o termo ofensivo relacionado às fezes humanas). Mesmo o assim não consegue sair dos clichês como o atraso tecnológico no México, os Mariachis, luchadores libres e outros elementos comuns em filmes americanos sobre o país.

O elenco é formado por uma única etnia, os mexicanos, porém, na dublagem brasileira, não é percebível essa nuance. Ele é formado por atores com passagem no teatro musical, visto que o filme tem várias sequencias cantadas. Aliás, a música-tema “Lembre de mim” foi composta pelo casal Bobby Lopez e Kristin-Anderson Lopez, premiados com Oscar de Melhor Canção Original por Frozen. O restante são composições de Germaine Franco cujo portifolio inclui músicas para o Festa no Céu.

Mesmo diante de algumas falhas, o filme consegue transmitir uma poderosa mensagem sobre a importância da família na nossa vida, apesar dos problemas ou das desavenças existentes. Perpetuando a capacidade da Pixar de fazer o público rir e chorar. No final dos créditos, veja a mensagem feita para os familiares de cada membro da equipe. Com isso, o público se sentirá em paz perto de quem os apoia e os conforta dos males do mundo.

Curiosidade: 

  • O diretor Lee Unkrich e a produtora Darla K. Anderson trabalharam juntos no filme vencedor do Oscar® e do Globo de Ouro® de 2010 “Toy Story 3”, que tem a segunda maior bilheteria entre os filmes de animação do mundo todo.

Elenco de Voz: Gael García Bernal, Anthony Gonzalez, Benjamin Bratt, Renée Victor

Diretor: Lee Unkrich

Codiretor: Adrian Molina

Produtor: Darla K. Anderson

Apesar de a música ter sido banida há gerações em sua família, Miguel (voz do novato Anthony Gonzalez) sonha em se tornar um grande músico como seu ídolo, Ernesto de la Cruz (voz de Benjamin Bratt). Desesperado para provar o seu talento, Miguel se vê na deslumbrante e pitoresco Mundo dos Mortos seguindo uma misteriosa sequência de eventos. Ao longo do caminho ele conhece o trapaceiro encantador Hector (voz de Gael García Bernal), e juntos eles partem em uma jornada extraordinária para descobrir a verdade por trás da história da família de Miguel. Dirigido por Lee Unkrich (“Toy Story 3”), codirigido por Adrian Molina (story artist de “Universidade Monstros”) e produzido por Darla K. Anderson (“Toy Story 3”), “Viva – A Vida é uma Festa”, da Disney•Pixar, estreia nos cinemas dia 04 de janeiro de 2018.

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Redação

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