Crítica | O Mínimo para Viver (2017)

A Netflix adicionou a plataforma sua nova produção, O Mínimo para Viver, protagonizado por Lily Collins. O filme tem como foco a Anorexia, algo que muitos veem como “fácil de resolver”. A trama eleva os questionamentos dos telespectadores e ainda causa desconfortos com cenas chocantes.

A Anorexia é um distúrbio alimentar que provoca uma perda de peso acima do que é considerado saudável para a idade e altura. A principal causa é o distúrbio de imagem, onde a pessoa ao olhar seu corpo, não consegue aceitar a maneira que ele é, achando sempre que está fora do peso, causando a ansiedade e a procura de maneiras radicais de perder peso. (Nursing)

Ellen (Lily Collins) é uma jovem de vinte anos que sofre com a anorexia, já foi internada quatro vezes e nenhum tratamento a ajudou se recuperar. Ellen vem de uma família desestruturada, quando tinha treze anos, seus pais se separam e sua mãe se amigou com outra mulher, seu pai se casou novamente e se tornou muito ausente na vida da filha, ao contrario da madrasta que aparenta amar muito Ellen, mas seus excessos em tentar ajuda-la acabam afligindo a garota. Com certo esforço, a madrasta, Susam, consegue uma vaga em uma clinica pouco convencional dirigida pelo Dr. Willian Beckham, lá Ellen é bem acolhida pelas pessoas que enfrenta o mesmo problema que ela, entretanto, se nega receber o tratamento, Ellen faz abdominais exagerados, que causaram lesões em sua coluna, usa roupas largas e sempre está afirmando “eu estou no controle” e “eu não me sinto tão doente”.

O Mínimo para Viver foi um filme que me tocou profundamente, as cenas de Ellen quase nua para mostrar seu corpo esquelético chocam o telespectador, além de outros dramas inseridos na trama para mostrar o quanto a anorexia pode transformar uma pessoa em um cadáver. O filme toca no ponto central da doença, para quem está de fora, é fácil imaginar a solução que é “comer”, inclusive uma das cenas do filme, a meia-irmã de Ellen fala “basta comer”, mas não é assim que funciona a anorexia, e o enredo foi muito bem produzido para dar as pessoas o entendimento necessário de que essa doença vai além da ausência de comida.

Um fato que vale ressaltar, é que o ambiente familiar não foi à causa de Ellen ter anorexia, segundo o médico do filme, existe outros fatores que a levou ter essa doença. Só que já sofreu com a anorexia, sabe o desconforto que ela trás, a atriz Lily Collins sofreu com distúrbios alimentares quando ela era mais nova. O Mínimo Para Viver é um vinculo para as informações sobre a anorexia, mostrando as consequências, o tratamento, algumas motivações para os enfermos e até mesmo como a doença agi. Mas a boa construção disso tudo se da ao fato de que a atuação de Lily Collins foi excelente.

Ellen foi o foco da trama o tempo todo, o filme já começa com ela em tratamento em outra clinica, sendo irônica com outras garotas e não se dando conta do tamanho do problema que ela enfrenta. Isso serve de lição para chamar atenção dos amigos e familiares para que o problema exista e precisa ser tratado, não é dizer “basta comer”, ou pensar “um dia ela vai se curar”, Ellen foi ao fundo do poço, e quando se chega lá é difícil sair.  Para interpretar o papel de Ellen, Lily Collins precisou perder peso fazendo uma dieta extremamente restrita.

Em suma, O Mínimo para Viver é um filme que serve para alertar as pessoas do perigo que a anorexia trás, você fazer uma dieta forçada, contar calorias, não se aceitar, se sentir gorda(o) o tempo todo e fazer uso de medicamentos para perca de peso, é um sinal que você precisa de ajuda profissional, seja uma nutricionista ou um médico especialista, com o tempo o sintomas são agravados e simplesmente você para de comer por medo de engordar, e o pior, você não se sentirá feliz. O filme é um alerta também para todos reconhecerem o problema, vale a pena assistir. Caso não seja suficiente, busque se informar mais sobre a doença, isso não é algo para ser deixado de lado.

Titulo: O Mínimo para Viver (To the Bone)
Produção: Netflix
Direção: Marti Noxon
Gênero: Drama
Ano: 2017
Duração: 1hr e 7min
Elenco: Lily Collins, Keanu Reeves, Carrie Preston mais
Nacionalidade: EUA

Nota:

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1 Comment

  • Excelente filme. Serve muito como um alerta bastante informativo sobre a doença.

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