Crítica: Nerve – Um jogo sem regras (Sem Spoilers)

Nerve era um mistério para mim. Antes de assistir ao filme, não sabia praticamente nada sobre a história. Fazia um bom tempo que eu tinha assistido ao trailer e acabei me esquecendo do enredo. Não criei nenhuma expectativa para o filme e me surpreendi de uma forma muito positiva.

“A tímida Vee DeMarco (Emma Roberts) é uma garota comum, prestes a sair do ensino médio e sonhando em ir para a faculdade. Após uma discussão com sua até então amiga Sydney (Emily Meade), ela resolve provar que tem atitude e decide se inscrever no Nerve, um jogo online onde as pessoas precisam executar tarefas ordenadas pelos próprios participantes. O Nerve é dividido entre observadores e jogadores, sendo que os primeiros decidem as tarefas a serem realizadas e os demais as executam (ou não). Logo em seu primeiro desafio Vee conhece Ian (Dave Franco), um jogador de passado obscuro. Juntos, eles logo caem nas graças dos observadores, que passam a enviar cada vez mais tarefas para o casal em potencial.”

Nerve

O filme já vai direto ao ponto, não existe muita enrolação para explicar o que é o jogo, como ele funciona, até porque é bem intuitivo. O roteiro também não faz muitas introduções a respeito dos personagens, apenas o básico para entender suas motivações e personalidades. Os personagens também são bem diferentes entre si e funcionam bem juntos. A química entre Emma Roberts e Dave Franco é muito boa, foi um dos pontos altos do filme.

Achei a história bem diferente do que estou acostumada a ver. É uma abordagem interessante a respeito de como um aplicativo/site pode se tornar um fenômeno tão rapidamente e influenciar os jovens de forma tão avassaladora. O filme também dá um toque sobre a falta de privacidade causada pela exposição pessoal e ingênua na internet e critica uma característica dos jovens de hoje de procurarem validação dos outros acima da própria segurança e bem estar, não só por causa do dinheiro (que é a razão principal da adesão ao aplicativo). Claro que é uma crítica exagerada e muito extrema, mas ainda assim é uma reflexão válida.

A resolução do filme não foi rápida nem lenta, o que geralmente me incomoda. A história se encaixou bem, de uma forma razoavelmente boa. Ficou bem redondinho e ainda abre espaço para uma possível continuação. É preciso não procurar muitos defeitos de realidade (que não são muitos) e abraçar a história. É um filme de aventura diferente e divertido.

Nerve

Nerve começa de uma forma mais tranquila, divertida e bem teen. Com o passar do tempo e do avanço dos personagens no jogo, ele se torna cada vez mais tenso, perigoso e misterioso. É um filme divertido e bem feito, bem elaborado. Entrega exatamente o que promete o trailer sem estragar a história, isso hoje em dia é uma raridade muito bem vinda. Não é um filme sensacional, mas vale a pena a ida aos cinemas, me divertiu bastante e não vi o tempo passar.

nerve

 

Direção:Henry Joost e Ariel Schulman
Roteiro: Jessica Sharzer
Título Original: Nerve
Gênero: Suspense
Duração: 1h 36min
Classificação etária: 12 Anos
Lançamento: 25 de agosto de 2016 (Brasil)

https://www.youtube.com/watch?v=bbWcii5DS0A

Ficou com vontade de assistir o filme ou gostou da resenha? Então corre para os cinemas e não se esqueça de me contar o que achou. Já assistiu o filme? Não deixe de compartilhar a sua opinião aqui em baixo!

Mais do NoSet

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *