Crítica: Godzilla vs. Kong

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais um cross over de titãs, um novo encontro dos monstros mais sagrados e cultuados do cinema.

Com um orçamento de US$ 160 milhões, Godzilla vs. Kong é um filme americano de monstros e catástrofe dirigido pelo novato Adam Wingard. É uma continuação de Godzilla II: Rei dos Monstros (2019) e Kong: Ilha da Caveira (2017), e é o quarto filme do MonsterVerse da Legendary Entertainment. O filme também é o 36º filme da franquia Godzilla, o 12º filme da franquia King Kong e o quarto filme do Godzilla a ser completamente produzido por um estúdio de Hollywood. O filme é estrelado por Alexander Skarsgård, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Shun Oguri, Eiza González, Jessica Henwick, Julian Dennison, Kyle Chandler e Demián Bichir.

O projeto foi anunciado em outubro de 2015, quando a Legendary anunciou planos para um universo cinematográfico compartilhado entre Godzilla e King Kong. A sala de roteiristas do filme foi montada em março de 2017 e Wingard foi anunciado como diretor em maio de 2017. As filmagens começaram em novembro de 2018 no Havaí, na Austrália e em Hong Kong e foi encerrada em abril de 2019. Depois de ter sido adiado em novembro de 2020 devido à pandemia de COVID-19, Godzilla vs. Kong foi programado para ser lançado simultaneamente nos cinemas e na HBO Max em 26 de março de 2021. No Brasil o filme foi adiado para o dia 8 de abril de 2021.

Sinopse: Em uma época onde monstros caminham pela Terra, a humanidade luta por sua sobrevivência quando Godzilla e Kong entram em rota de colisão. As duas maiores forças da natureza vão travar uma batalha espetacular que decidirá o futuro do planeta. E quando a Monarch embarca em uma missão secreta para descobrir as origens desses dois titãs, uma conspiração se inicia para que eles sejam exterminados, e desta vez, para sempre.

Crítica: Vamos começar assim, sim, os trailer entregam o melhor do filme mesmo, então não posso dizer que não tive uma expectativa alta para ver o segundo encontro de Godzilla vs Kong, o primeiro ocorreu em 1962, e apesar dessa expectativa e trailers até estragarem um pouco o filme, não posso dizer que o confronto é ruim, mas apenas mais do mesmo, com um roteiro raso, uma história previsível, muito parecido com a animação Como treinar meu Dragão 3 (2019) e um pouco abaixo do ótimo trabalho apresentado no primeiro Círculo de Fogo de Guilhermo del Toro.

https://noset.com.br/cinema/king-kong-vs-godzilla-o-primeiro-encontro-1962/

Adam Wingard (Death Note) atuou como diretor, produtor, roteirista, editor, diretor de fotografia, ator e compositor em vários projetos, mas aqui parece muito preocupado em não decepcionar e por isso entrega já de início uma luta épica entre os monstros para depois contar a história e finalizar com o segundo confronto, que nada mais do que esperado, não importa o quanto os produtores dissessem que ia ser diferente, não é e termina tudo como esperado. Existem vários cortes e edições de cenas que incomodam, e acredito que isso foi feito para que o filme tivesse apenas 2h e não mais do que isso, então cortes onde o Kong está em um lugar e de repente está em outro, assim como a rapidez que o final ocorre é algo comum para entregar o projeto.

Um dos acertos de Wingard, que parece ter ouvido as reclamações dos fãs da franquia, é que as lutas entre os titãs acontecem na maioria das vezes de dia, e não a noite ou com o céu escuro, para esconder os erros de produção. Além disso o filme é recheado de easter eggs do Monstroverso da franquia e o que não falta são nomes de monstros e locais conhecidos para fãs de todas as idades, que variam dos filmes do século passado aos animes e mangás dessa nova geração.

O ponto mais positivo do elenco é a repetição dos mesmo no próprio universo dos monstros. A participação da mega atriz Millie Bobby Brown (Enola Holmes, Godzilla 2 e Stranger Things) é ótima e a atriz cada vez mais se destaca por sua facilidade em papéis diferentes, junto ao  seu imenso carisma com o público. Outra interessante atuação é de Rebecca Hall (Homem de Ferro 3), que dá o tom ideal a trama de se lidar com monstros gigantescos que podem destruir uma cidade facilmente.

Já o resto do elenco de apoio foi muito fraco, bem parecido nas atuações com o elenco sem nenhuma profundidade do filme Godzilla de Roland Emmerich (1998). Alexander Skarsgard, ganhador do Emmy e Globo de Ouro, parece querer dar uma profundidade de expressões em cenas desnecessárias, ao invés de colocar mais naturalidade ao filme. Kyle Chandler atua mal tão e sem pretensão nenhuma quanto atuou em Godzilla 2 (2019) e King Kong (2005).

Curiosidades: Em novembro de 2020, o The Hollywood Reporter confirmou que o filme estava sendo considerado para um lançamento em streaming. A Netflix ofereceu US $ 200-250 milhões, mas a WarnerMedia bloqueou o acordo em favor de sua própria oferta de lançar o filme na HBO Max. No entanto, a Warner Bros. reiterou que seus planos de lançamento nos cinemas continuarão conforme programado. O CEO da WarnerMedia, Jason Kilar, e a presidente da Warner Bros., Ann Sarnoff, estão considerando opções que poderiam incluir um lançamento simultâneo no cinema e em streaming, uma estratégia que a Warner Bros. havia feito para Mulher Maravilha 1984. Em dezembro de 2020, a Warner Bros. anunciou que o filme, junto com outras produções programadas para 2021, terão lançamentos simultâneos no mesmo dia nos cinemas e na HBO Max, com um mês de acesso para seu lançamento em streaming.

Uma semana após o anúncio, a Variety e o Deadline Hollywood relataram que a Legendary Entertainment, os financiadores e os talentos com acordos de back-end não estavam satisfeitos com os planos de multi-lançamento da WarnerMedia e as intenções não transparentes. A Legendary não foi avisada com antecedência sobre a decisão de multi-lançamento, nem sobre como Duna e Godzilla vs. Kong seriam distribuídos. O estúdio planejou ter discussões com a Warner Bros. sobre um “acordo mais generoso”, entretanto uma ação legal seria considerada. Algumas semanas depois, o Deadline informou que o filme poderia manter seu lançamento na HBO Max, mas somente se a Warner Bros. corresponder à oferta de US $ 250 milhões da Netflix. Em janeiro de 2021, o The Hollywood Reporter revelou que uma batalha legal foi evitada devido a Legendary e a WarnerMedia chegarem a um acordo para manter o lançamento simultâneo do filme.

As versões americanas de Godzilla (Godzilla, Rei dos Monstros!), King Kong vs. Godzilla e O Retorno de Godzilla (Godzilla 1985) apresentaram filmagens adicionais com atores ocidentais filmados por pequenas produtoras de Hollywood que fundiram a filmagem estadunidense com a filmagem original japonesa, a fim de atrair o público norte-americano. O Invasão de Astro-Monster foi o primeiro filme de Godzilla a ser co-produzido entre um estúdio japonês (Tōhō) e um estúdio estadunidense (UPA). O primeiro filme de Godzilla a ser completamente produzido por um estúdio de Hollywood foi o filme de 1998 com o mesmo nome.

https://noset.com.br/cinema/godzilla-pacific-rim-e-cloverfield-filmes-de-monstros-em-hollywood/

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