Crítica: A Viúva das Sombras

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais uma estreia nos cinemas da Paris Filmes de um filme de terror que até surpreende, com boas homenagens e bons sustos no melhor estilo de Found Footage. Dirigido por Ivan Minin, produção: Svyatoslav Podgayevskiy e roteiro por Ivan Minin e Svyatoslav Podgayevskiy. No elenco Oleg Chugunov, Margarita Gennadjewna Bytschkowa, Ilya Agapov e Viktoriya Potemina.

Uma densa floresta, jovens perdidos e pouco sinal de celular. É assim que o aterrorizante A Viúva das Sombras cria o clima ideal para assombrar o público.

A produção é baseada em eventos reais e conta a história de jovens voluntários que entram em uma mata para o resgate de um garoto. Mais de 300 pessoas se perderam pela região nos últimos tempos, mas apenas alguns foram localizados: todos nus. No anoitecer, a comunicação é cortada e sem sinal nos celulares e rádios, o grupo começa enfrentar algo desconhecido e sobrenatural. De acordo com uma lenda local, eles estão na presença da Viúva das Sombras.

O filme é no estilo found footage, dos mesmos criadores de A Sereia e A Noiva, sendo o primeiro lançamento de terror da distribuidora em 2021.

Sinopse: “Baseado em eventos reais”, o terror conta a história de um grupo de voluntários que entra em uma densa floresta para resgatar um adolescente desaparecido. Nesse mesmo lugar, diversas pessoas sumiram nas últimas três décadas, e apenas alguns corpos foram encontrados, todos nus. A comunicação com a base fora da mata é interrompida misteriosamente. Sem sucesso na busca pelo jovem, eventos sobrenaturais acontecem e a equipe começa acreditar na lenda local que diz existir espíritos sombrios que levam as pessoas.

Crítica: Sem inventar muito, mas apenas criar situações possivelmente criveis de uma equipe de voluntários que entram na mata para salvar pessoas perdidas, A Viúva das Sombras poderia até ser um filme mais interessante se utilizasse mais os fatos reais das dificuldades desse tipo de trabalho, utilizando a lenda como pano de fundo para os problemas dos salvamentos, do que simplesmente cair na metade para o final no terror básico já esperado, mas mesmo assim, isto é apenas um comentário e não desmerece o bom trabalho de terror psicológico do filme.

O diretor e roteirista Ivan Minin abusa das referências de câmera e visuais ao clássico filme A Bruxa de Blair (1999), ou ao início do filme REC (2007), sem a menor preocupação de seu filme parecer um remake ou mesmo uma continuação do filme de 1999. Minin cita sempre a Bruxa como algo intangível, longe, como um espirito da floresta e deixa para o final toda a explicação, que apesar de fugir do tradicional, não é algo que cria um “uau” ou “PQP”, como no final da Bruxa de Blair, apenas surpreende.

Duas cenas são ótimas, e elas envolvem cavernas que são de tirar o folego. A primeira logo no início, onde a novata fica presa em um buraco minúsculo e outra quando o voluntário entra em um buraco extremamente fundo se arrastando, pena que são curtos mas mesmo assim, muito bem explorados.

O elenco funciona bem, e se a falta de um background de todos os personagens causa certa estranheza, a presença da novata voluntária ou a repórter atrás de uma grande matéria faz com que pelo menos nos aproximemos mais ainda dos personagens com motivações interessantes por detrás do terror óbvio. Talvez um pouco mais de um passado para estas duas personagens que explicasse como chegaram aqui seria interessante para um roteiro até reto em vários momentos.

No final, um bom filme de terror, sem grandes decepções ou surpresas. Gostou da matéria, é só seguir o meu instagram para acompanhar lançamentos e opinar.

 

 

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