Covil de Ladrões – A Lei, o Crime e o Castigo para todos

Los Angeles, 2018, capital mundial de roubo a bancos. Prova disso é o roubo inicial a um carro forte sem grana promovido pela quadrilha de Merrimen (Pablo Schreiber) que culmina na morte de um membro e de um policial. Assim é chamado a cena do crime o detetive Nick O´Brien (Gerard Butler). Seus principais suspeitos são Merrimen e seu bando. Assim tem inicio a investigação regada a interrogatórios torturantes a qualquer conectado – como o bartender Donnie (O’Shea Jackson Jr.) – e também desvendar os possíveis infiltrados de ambos os lados. Tudo antes do roubo ao Banco Central.
É uma homenagem aos filmes de ação e crime do diretor Michael Mann, famoso por Fogo Contra Fogo (1995), com sua temática em dar vozes a policiais e ladrões com a complexidade de índole em meio ao caos social onde todos são anti-heróis e obstáculos em seu objetivo. Influenciando o gênero durante os anos 90. Aqui o diretor e roteirista Christian Gudegast fica no limiar entre sua admiração pelo cineasta e um toque autoral em transcender o politicamente correto e sua censura aos clássicos modelos componentes da narrativa.
Gerard Butler para se preparar para o papel ganhou 11 quilos por recomendação do diretor. Interpreta um detetive típico dos dramas policiais clássicos. Ele fuma bastante, seus interrogatórios são regados a bebida e agressões e possui problemas conjugais por conta de suas atividades fora de casa. Pablo Schreiber é um chefe de quadrilha com passagem na marinha e com liberdade condicional sem excessos de violência como o policial.
Ambos são as forças antagônicas que conduzem todos os personagens do filme a um objetivo final com diferentes motivações buscando, assim , afirmação de sua superioridade. Até os coadjuvantes têm um pouco da sua vida expostas para a montagem de seus perfis e a conquista da simpatia do público.
O filme esteve em desenvolvimento por catorze anos quando o diretor tinha contrato fixo com os estúdios New Line Cinema em 2003, tendo a consultoria criativa de roteiro do ator que, antes de entrar no cinema, era Agente Especial do Departamento de Álcool, Cigarro, Armas e Explosivos. Além do co-autor Paul Scheuring da série Prision Break.
O roteiro possui um formato de documentário ao registrar os personagens em seus ambientes de trabalho enquanto busca apresentar detalhadamente cada um e seu papel naquela trama. Também é preciso explicar o plano para o público através de imagens e voz em off. Além da presença de flashback para saber.


Apesar de ser ambientado em Los Angeles, as locações foram em Atlanta, capital da Geórgia, e as cenas aéreas foram na cidade ambientada contando com a direção fotográfica de Terry Stacey com sua câmera digital Arri Alexa XT Plus. A iluminação é totalmente do ambiente mesmo em uma sala de lâmpada acesa, abajur e lâmpada de corredor também precisam auxiliar na melhor visualização dos personagens.
O elenco contou com lutadores de UFC COMO Max Holloway, Oleg Taktarov, John Lewis e Michael Bisping. Assim como o pai do diretor e roteirista, Eric Braeden e do rapper 50 Cent.
A edição do diretor era cerca de 160 minutos e com um final alternativo.
Aos saudosos fãs dos filmes de ação dos anos 90, é garantido as melhores referências ao período. Para quem gosta do gênero atual, ficaram incomodados com a lentidão do enredo entre comédia e ação. Ainda assim, vale a pena ver a disputa de quem vence quem.

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