Corpo Fechado: Uma HQ Cinematográfica de M. Night Shyamalan

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar do filme mais Cult do diretor, roteirista e produtos M. Night Shyamalan. Amado por uns críticos (Moura e Franz) e mal compreendido por outros (Disney), Shyamalan é um exemplo de profissionalismo e amor a casa do Cinema.

Unbreakable (2000):

Direção M. Night Shyamalan, roteiro M. Night Shyamalan, elenco Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright Penn e Spencer Treat Clark. Unbreakable, ou  Corpo Fechado,  é um filme produzido nos Estados Unidos em 2000 escrito, produzido e dirigido por M. Night Shyamalan. David Dunn, o único sobrevivente de um acidente de trem, conhece Elijah Price, que tenta convencê-lo que ele é como um super-herói de histórias em quadrinhos.

Sinopse: Elijah Price (Samuel L. Jackson) nasceu com o Tipo 1 da osteogênese imperfeita, uma doença rara na qual os ossos se quebram facilmente. Durante suas muitas estadias no hospital, onde seu único passatempo era ler histórias em quadrinhos, Price teoriza que se ele é frágil, deve existir alguém que é o seu oposto, inquebrável.

Crítica: Como se conta a história de um grande herói e de um grande vilão? Como criar um mito de um herói sem fugir das regras sociais ou da realidade que vivemos, onde despesas e família são mais importantes do que se ter um super poder? Em um mundo cinematográfico onde Super Heróis e Super Vilões fogem da realidade social humana na década de 90, Shyamalan desafia tudo em um filme diferente e inteligente.

Com grandes poderes vem grandes responsabilidades? Corpo Fechado é uma das melhores referências de um excelente filme que sofreu por uma questão única de um público que esperava ver de novo o surpreendente O Sexto Sentido (1999) nos cinemas. Esta não foi a premissa do diretor M. Night Shyamalan, que novamente inovou com seu trabalho, fazendo uma grande homenagem as HQs, tanto no roteiro, no formato do filme quando nas tomadas.  Com um orçamento razoável de US$ 75 milhões e uma bilheteria decepcionante de US$ 100 milhões, o filme que tinha sido planejado para ser uma trilogia, ficou apenas no planejamento do primeiro por muito tempo.

Ao retornar ao estilo no ótimo Fragmentado (2017), Shyamalan prova que tinha razão em arriscar seu segundo trabalho em um filme maduro e inteligente, com um elenco de primeira e um trabalho como poucos fariam na época, com um James McAvoy magnífico e uma ponta de Willis, dando a entender que finalmente tivemos a continuação do primeiro filme. O trabalho seguinte do diretor, após Corpo Fechado, foi A Vila (2004), e apesar de também ser inovador, teve o mesmo problema de compreensão do público, marcando o diretor como seu primeiro trabalho por um longo tempo.

Do elenco Bruce Willis (David Dunn) em seu segundo trabalho com Shyamalan, faz o que mais gostamos do ator, atua com vontade e interpreta um personagem marcante, coisa que a muito tempo Willis não consegue, com seu eterno Duro de Matar. Samuel L. Jackson (Elijah Price / Sr. Vidro) é um mito dos cinema em quase tudo que faz e não se copiando. Cada personagem de Jackson é único. Aqui no final do filme dá um show de interpretação e revela, em um excelente monólogo, a verdadeira intenção do diretor em criar um verdadeiro universo das HQs, onde ainda nem pensávamos em Zack Snyder ou Brian Singer como referências de HQs no cinema.

Curiosidades: O filme é um estudo sobre as dimensões das HQs e explora as analogias entre o mundo real e a mitologia dos super-heróis. Tem como tema principal um dos aspectos da chamada mitologia dos super-heróis dos quadrinhos ou seja, a de que todo super-herói deve possuir um arqui-inimigo, que geralmente se torna um super-vilão em função das ações de seu futuro antagonista. O Lex Luthor original se torna um vilão depois de um acidente com o Super-Homem; os inimigos insanos do Batman assumiriam suas fantasias e personalidades vilanescas inspirados pelo surgimento do herói e assim por diante.

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