Até que a Sorte nos Separe: A Franquia de Roberto Santucci e Leandro Hassum.

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de uma ótima trilogia humorística nacional.

Até que a Sorte nos Separe (2012):

Direção Roberto Santucci, produção Gullane, coprodução Paris Filmes, Globo Filmes, RioFilme e Telecine Productions, produção executiva Claudia Büschel, roteiro Paulo Cursino e Angelica Lopes, baseado no livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos de Gustavo Cerbasi. Elenco Leandro Hassum, Danielle Winits, Kiko Mascarenhas e Rita Elmôr, distribuição Paris Filmes e Downtown Filmes (co-distribuição). Com orçamento de R$ 6 milhões, Até Que a Sorte nos Separe foi um sucesso de bilheteria nacional, seguindo o mesmo sucesso de Se Eu Fosse Você, e bateu a belíssima receita de R$ 35 milhões.

Enredo: Tino (Leandro Hassum) é um personal trainer e pai de família, namorado de Jane (Danielle Winits). Ganham 100 milhões na Mega-Sena e vivem uma vida luxuosa com o dinheiro da loteria. Depois de 16 anos, casados e com dois filhos, sem terem investido ou guardado o dinheiro, eles passam por dificuldades financeiras. Seu vizinho, o Sr. Amauri (Kiko Mascarenhas) escritor do livro 5 Regras da Riqueza, é um consultor de finanças burocrático que enfrenta uma crise no casamento com Laura (Rita Elmôr) que aceita ajudar o casal. Para não ter que aceitar a situação com sua esposa, Tino pede ao seu amigo Vander (Rodrigo Sant’ Anna) que vá a sua casa assaltar as joias de Jane que estão no cofre de seu quarto para serem vendidas e arrecadar dinheiro, visto que não ocorreu do jeito que Tino planejou. Quando Jane engravida do terceiro filho, Tino é avisado pelo médico que ela não deve receber nenhuma notícia ruim. Para a compra de novos objetos para o quarto de seu novo filho, ela vai a uma loja fazer compras, para que sua esposa não faça mais despesas ele recomenda um design para arrumar o quarto do filho, seu amigo Adelson (Aílton Graça). A não ter escapatória ele conta para seus filhos a situação em que se encontra. Tino vai a mando de Amauri a Olavo (Maurício Sherman), tio de Jane para pedir dinheiro emprestado, que é um bilionário famoso, dono de uma rede de lojas. Ao voltar para casa sua mulher descobre que estão “pobres” e não perdoa seu marido por não saber quem ela era após 16 anos. Nisto ela sai de casa, se mudando para a antiga casa de sua mãe, que mora em Miami em uma casa comprada por Tino. Ao descobrir que Jane e seus filhos irão para o aeroporto, Tino vai ao local se encontrando com sua mulher, que ganha de seu tio uma loja. Dois meses depois, Jane tem seu terceiro filho, e após Amauri voltar com Laura descobre que ela será mãe de trigêmeos.

Curiosidades: No papel de Jane a Danielle Winits vive sua primeira protagonista no cinema, ela disse sobre o seu personagem: É concebida especialmente para ela pelo roteirista, se enquadra no estereótipo do novo rico, mas vai além: “O personagem só teria valor se fosse humanizado, porque se ficasse só no estereótipo da loira, que vai na clínica estética, que malha, não seria singular. E a Jane pra mim é singular pelo todo que ela representa. Ela tem este interior de mãe de família, de guerreira, que dá a volta por cima, de aparentemente ser uma coisa e na verdade não ser. O externo não invalida o que a Jane é por dentro”. As filmagens deram inicio em Janeiro e foram até Fevereiro de 2012, foram filmados em vários pontos na zona sul do Rio de Janeiro. O diretor Roberto Santucci repetiu no novo trabalho alguns componentes da fórmula de sucesso de De Pernas pro Ar. Por outro lado, também por causa de Leandro Hassum, Santucci inovou em sua maneira de filmar, para extrair o máximo possível de um dos principais talentos do comediante: a improvisação em cena. “Para trabalhar com o Leandro neste filme eu mudei a filmagem mesmo. Trabalhamos com três câmeras ao mesmo tempo para dar liberdade a ele de criar e improvisar na hora. Segundo Roberto Santucci “A improvisação tem um frescor, Não dá pra ficar repetindo improvisação. Os primeiros takes são sempre os que valem mais”, conta o diretor.

Crítica: O filme recebeu críticas negativas. O crítico Bruno Carmelo do site AdoroCinema.com deu 1 de 5 estrelas para o filme, ele disse: É mais um filme sintomático do modo Globo Filmes de produção, ele representa um certo tipo de humor burlesco e televisivo que é frequentemente associado às crianças”, e comparou com “Os Três Trapalhões”, disse também que: “Se o único problema fosse o roteiro esquemático o filme poderia até ser divertido Mas a parte técnica e as atuações beiram as piores esquetes de Zorra Total”. Já no final de sua critica Carmelo diz que “Perdoa os filmes amadores”. Já o crítico Renato Marafon do website: CinePOP, disse que o filme: “É diversão instantânea, daquelas que te faz rir por alguns segundos e já pode descartada de seu cérebro”, o critico disse mais ainda: “Nem o talento do comediante Leandro Hassum consegue salvar a produção”. O colunista da Reuters, Alysson Oliveira, disse que ao filme faltaram piadas e que o protagonista, Leandro Hassum usou “de caras, bocas e berros”. Já o Site Noset com o colunista Moura adorou o filme dizendo, diversão para toda família e principalmente por um Hassum imitando o bom e velho estilo de ninguém menos que Jerry Lewis e Kiko Mascarenhas o Dean Martin. O longa-metragem alcançou 320 mil espectadores em seu primeiro fim de semana de exibição e se tornou a melhor abertura de um filme nacional em 2012.Em 15 de outubro de 2012, foram registrados mais de 1 milhão de ingressos vendidos em 405 salas em todo o Brasil, levando 1.665.519 pessoas aos cinemas desde o seu lançamento, em 5 de outubro.

Até que a Sorte nos Separe 2 (2013):

Direção Roberto Santucci, produção Gullane, coprodução Globo Filmes, Telecine Productions e RioFilme, roteiro Paulo Cursino, elenco Leandro Hassum, Camila Morgado, Kiko Mascarenhas, Arlete Salles, Jerry Lewis e Anderson Silva, distribuição Paris Filmes e Downtown Filmes. Com orçamento de R$ 7.44 milhões e a belíssima receita de R$ 45 milhões, Até que a Sorte nos Separe 2 é uma comédia dirigido novamente por Roberto Santucci e Leandro Hassum que interpretara no filme anterior Tino, volta para reprisar seu papel, enquanto Danielle Winits que interpretara Jane no filme anterior, não está no filme de agora, sendo substituída por Camila Morgado. O filme conta com a participação especial do grande ator norte-americano, Jerry Lewis. A comédia atingiu a excelente marca de 569 mil espectadores na estreia, tornando-se o melhor lançamento de 2013. O filme superou com facilidade o líder das semanas anteriores, O Hobbit: A Desolação de Smaug, que caiu para a segunda colocação, com mais 249 mil espectadores. Em terceiro lugar, A Vida Secreta de Walter Mitty teve ótima sustentação, e foi visto por 121 mil pessoas.

Sinopse: Deu tudo errado. Três anos depois, Tino (Leandro Hassum) e Jane (Camila Morgado) estão mais uma vez em dificuldades financeiras. O saldo bancário do casal é salvo graças ao inesperado falecimento de tio Olavinho, que deixou uma herança de R$ 100 milhões a ser dividida igualmente entre Jane e sua mãe, Estela (Arlete Salles). Como o último desejo do tio foi que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon, Tino aproveita para levar a esposa e dois de seus filhos para conhecer Las Vegas. Entretanto, ele se empolga com a jogatina de um cassino e perde todo o dinheiro ganho por Jane na mesa de pôquer. Para piorar a situação, ainda fica devendo US$ 10 milhões a um capanga da máfia mexicana (Charles Paraventi), que deseja receber o dinheiro a todo custo.

Curiosidades: Depois que Até que a Sorte nos Separe atraiu 3.4 milhões de espectadores para as salas de cinema, a Paris Filmes confirmou em outubro de 2012 uma sequência do filme. A intenção é de produzir duas sequência simultaneamente. Em uma entrevista para o website AdoroCinema, Santucci revelou que parte do filme será gravado em Las Vegas e que as filmagens estavam programadas para serem iniciadas em julho de 2013. A produção recebeu da Ancine autorização para captar 7.44 milhões de reais em incentivos fiscais, valor acima do orçamento do primeiro filme, que ficou em 6 milhões de reais. Até que a Sorte nos Separe 2 teve recepção geralmente desfavorável por parte da crítica especializada. Com base de 12 revisões da imprensa brasileira, alcançou uma nota de 2,0 de 5 no AdoroCinema. Da Folha de S.Paulo, Sérgio Alpendre deu uma avaliação negativa, dizendo que o filme “passa vergonha se comparado às pérolas que Jerry Lewis dirigiu e protagonizou, e nem mesmo é um bom filme (os exageros e o desleixo com a câmera ainda estão presentes). Mas ao menos significa um progresso no desolador cenário do cinema brasileiro para grande público.” Do site Omelete, Natália Bridi também em análise negativa para o filme, disse que “As piadas que saem da boca de Hassum são sempre superficiais, baseadas apenas em estereótipos e preconceitos. Para humanizar o personagem, o roteiro, preenche as lacunas com momentos emocionais, prontamente acompanhados por uma trilha sentimental.” O site Noset adorou o filme e Moura disse que as comparações infelizes do segundo filme com comédias internacionais é que fazem as boas produções nacionais ficarem sempre com críticas abaixo do esperado, mesmo que o público nacional goste do filme. A participação de Jerry Lewis foi simplesmente o toque da cereja. A troca de Danielle Winits por Camila Morgado foi providencial, dando outra química ao elenco.

Até que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final (2015):

Direção Roberto Santucci e Marcelo Antunez, coprodução Paris Filmes, Miravista Filmes, Rio Filme e Globo Filmes, elenco Leandro Hassum, Camila Morgado, Kiko Mascarenhas, Emanuelle Araújo, Bruno Gissoni e Sílvia Pfeifer. Com o orçamento de R$ 8 milhões, o maior de toda a franquia, o filme manteve a boa receita de R$ 40 milhões. Até que a Sorte nos Separe 3: A Falência Final é o terceiro e último filme da franquia brasileira de comédia e é uma paródia da crise econômica brasileira de 2015, e continuação do filme de 2013. Inicialmente, o filme iria estrear na véspera de ano novo, porém, foi antecipado para véspera de Natal, no dia 24. O longa foi inspirado na obra de Gustavo Cerbasi, Casais Inteligentes Enriquecem Juntos. O filme foi executado entre o mês de setembro e outubro, filmado no bairro carioca de Vargem Pequena. O argumento do filme foi lançado em março de 2015. O filme teve a participação Especial de Mila Ribeiro como Dilma Rousseff, Daniel Filho como Elias Barelli, pai de Rique Barelli, André Marques como ele mesmo, Luciano Huck como ele mesmo, Bemvindo Sequeira como Nestor Cerveró e Paulo Silvino como Padre Elias.

Sinopse: Após perder a herança da família em Las Vegas, Tino, já falido, arranja um trabalho de camelô na rua. Um dia é atropelado pelo filho do empresário mais rico do país, ficando assim por meses em coma. Quando acorda, Tino descobre que o jovem que o atropelou está apaixonado por sua filha, e os dois pretendem se casar. Para gerar dinheiro para pagar pelo casamento, Tino é convidado pelo pai do seu genro para trabalhar em sua empresa. No exercício de suas novas funções, Tino leva a empresa à falência, mergulhando o país em uma grande crise financeira.

Curiosidades: O personagem de Rique Barelli é uma extensa sátira a Eike Batista: o homem mais rico do Brasil com uma companhia chamada KHX (Grupo EBX), casado com uma capa da Playboy que usa uma gargantilha com o nome do marido (Luma de Oliveira), com um filho que atropela Tino (Thor Batista atropelou e matou um ciclista), e que perde sua fortuna por más decisões financeiras. Há também referências à política do Brasil, com imitadores de Dilma Rousseff e Nestor Cerveró, citações à momentos infames da presidente – Dilma numa bicicleta “dando suas pedaladas”, dizendo ser uma mulher sapiens e saudando uma mandioca – e escândalos políticos de 2015 como a Operação lava-jato e os desvios de dinheiro da Petrobras. Considerando que o lançamento do filme coincidiu com o Brasil sendo atingido por uma recessão econômica, o roteirista Paulo Cursino chegou a dizer que “brincamos de Nostradamus nesse filme. O filme tratar disso é bem legal, mas a nossa vontade é que o Brasil vá para frente e que as pessoas tenham dinheiro para ir ao cinema ver o nosso filme”.

Críticas: Em seu lançamento, o filme não foi bem recebido por críticos. A Folha de S. Paulo publicou uma resenha intitulada “‘Até que a Sorte Nos Separe 3’ bate todos os índices de ruindade”, reclamando em especial de uma abordagem materialista e preconceituosa contra os pobres. Nayara Reynaud, do Cineweb, reagiu positivamente à participação de Daniel Filho e o fato do filme ser “oportuno, mas não necessariamente criativo”, mas ressaltou que o filme tem uma execução apressada e piadas questionáveis. Moura, do Site Noset achou o filme mais morno da trilogia, mas ainda com seus méritos, principalmente pela sátira as pessoas públicas do que pelo roteiro, até lento se comparado aos dois anteriores.

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